Preciso começar a escrever o meu livro. São duas horas da manhã e estou de frente para o computador. Nossa que novidade! Não tenho feito outra coisa ultimamente.Ora trabalhando, ora fingindo.

Por horas a fio fico aqui , pensando sobre que ou quem escrever. Agora me recordo que havia pensado sobre relacionamentos: paixão, amor, raiva e essas coisas que todos sentem e evitam de comentar, pelo
menos as pessoas que eu conheço. Já sei, vou falar de mim.

Vejam só como são as coisas, realmente uma está intimamente ligada a outra. Adicionei recentemente, Para ser mais preciso,ontem. No Orkut, uma amiga de anos. Tá confesso, não tão amiga assim, e nem de tantos anos , mas ainda sim uma amiga e de algum tempo. Tivemos um casinho, desses assim que os adolescentes têm, se é que me entende. O problema foi esse, para mim foi um casinho desses, para ela não.

Isso me fez refletir e pensar cá com meus botões : Quantas garotas teria eu feito sofrer ao longo da
Minha breve vida? Olha que não é fácil de contar, digo isso não como um sedutor barato, orgulhoso de si mesmo e coisa e tal, mas como analisador frio de mim mesmo. Acho que fui tão inocente quanta elas. Sim, elas por se apaixonarem por mim e eu por tantas outras que não me correspondiam. É a vida, é a vida.

Mas, passou o tempo e aí veio o problema. Eu, rapaz seguro de mim, que me perdoem os críticos da língua portuguesa de plantão.Voltando, seguro de mim. Com mulheres lindas no currículo e feias também, é claro. Muito claro, eu diria. Com remorso?!? Como uma coisa dessas é possível, nem estou ao final da vida. Não sou velho, nem casado, não tenho filhos ou enteados. E já com dor na consciência por ter iludido uma, duas, dez, quinze.... vá saber, mulheres. É a vida, é a vida.

Escrevo como a linha dos meus pensamentos: conectados, mas desconexos consigo mesmos. Não sigo uma linha de racicíonio linear, com palavreados bonitos e assuntos relacionados. Penso e escrevo, escrevo e penso. Outras vezes, apenas penso que escrevo. Achei legal a idéia de escrever o que vem a mente. É mais
Interessante do que escrever uma auto biografia. Primeiro pensei em seguir como um diário, mas veio que
não acontecia nada de interessante que merecesse ser escrito. Aí, achei minha vida chata, monótona e sem graça. Desisti.

Que tal uma biografia. Dessas, assim que contam todos os detalhes da vida do individuo, sabe? Porém, e os meus segredos mais secretos? Daqueles que não se conta nem pra si. Minhas gafes, meus micos, minhas falhas... Poxa, deu um trabalhão esquecer. Ah não. Seria muito doloroso. Por fim, melhor deixar
para um jornalista, em um futuro distante essa tarefa árdua. Sim, pretensioso, né ? Que nada, é apenas eu sendo eu. Ihhh, isso ta ficando perigoso, são quase três da manhã. Estou escrevendo muito de mim. É melhor eu ir dormir. É melhor mesmo, antes que eu tenha alguma idéia mirabolante de dominar o mundo e alguém leia. Ninguém me merece !! Nem eu mesmo.